A Luta Interior

Quando muralhas são erguidas na Terra, elas são para proteção e não obstáculos. Também, no plano espiritual, aqueles obstáculos que surgem não são muralhas para nos impedir o livre acesso à evolução.

Devemos encarar os obstáculos como uma proteção muito grande para os nossos destinos seguirem uma trilha renovadora. É a adversidade que forja, no espírito, na personalidade do homem, o Bem. Não são as coisas fáceis que levam a criatura à vitória, assim como as pelejas não são amistosas, que levam o soldado à conquista de suas medalhas.

Nos estamos lutando uma lusta abençoada onde não haverá derrotados, só vencedores. Numa luta amorável, onde o campo de guerra maior é o nosso interior, aonde temos que combater continuamente a nossa grande inimiga: a vaidade; o nosso perseguidor implacável: o egoísmo; e o nosso adversário ferrenho: o orgulho.

Para que possamos realmente servir, é preciso, no campo de nossas lutas interiores, sairmos vencedores. Não é vencer os outros, não é vencer o mundo, é vencer o nosso mundo interior.

Quando o Cristo dizia: “Eu venci o mundo”, é porque há muito e muito milênios, Ele havia vencido dentro dele. E por ser um grande vencedor, o mundo o respeita até hoje, embora o tenha erguido num madeiro infamante.

Saibamos louvar sempre esse Mestre, que nos ensinou a dignidade de nos mantermos de forma digna conosco e com o mundo. Ninguém pode servir ao Cristo na permanente invigilância. Ninguém pode servir o Cristo na permanente fuga aos seus deveres. Ninguém pode alçar em níveis sublimes de realizações materiais e espirituais, sem dominar essa força que é o pensamento e canalizá-lo no sentido realmente produtivo.

Pelo Espírito Joseph Gleber, psicofonia Shyrlene Campos.